Implicações territoriais entre as diferentes categorias de unidades de conservação da natureza no Brasil e as concepções político-pedagógicas da educação ambiental
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2179-0892.geousp.2022.167226Palabras clave:
Educação Ambiental, Macrotendência político-pedagógica, Unidades de Conservação da Natureza, TerritorialidadesResumen
As Unidades de Conservação da Natureza (UCs) são territórios instituídos pelo Estado brasileiro. Envolvem relações de poder relacionadas ao controle dos recursos naturais. A Educação Ambiental (EA) é posta como uma estratégia de interlocução com os agentes envolvidos na territorialização da UC. A EA, na perspectiva de um campo social, apresenta três macrotendências político-pedagógicas: crítica, conservacionista e pragmática. Foram investigadas 254 UCs federais, com o objetivo de articular os modelos de regulação dos territórios de UCs com as territorialidades da EA. Constatou-se que apesar da existência de uma diretriz institucional única, as UCs do grupo de Proteção Integral apresentam uma inclinação para a concepção político-pedagógica conservacionista, ao passo que as UCs do grupo de Uso Sustentável tendem para a concepção político-pedagógica crítica. Isso representa que diferentes formas de territorialização das UCs, são propensas a determinadas concepções político-pedagógicas de EA, independente da diretriz institucional.
Descargas
Referencias
ACSELRAD, Henri. As práticas espaciais e o campo dos conflitos ambientais. In: ACSELRAD, Henri. Conflitos ambientais no Brasil. Rio de Janeiro: Relume Dumará; Fundação Heinrich Böll, 2004. p. 09-20.
BOURDIEU, Pierre. Os Usos Sociais da Ciência – por uma sociologia clínica do campo científico. Tradução de Denice Bárbara Catani. São Paulo: Editora UNESP, 2004.
BOURDIEU, Pierre. O Poder Simbólico. Tradução de Fernando Tomaz. Lisboa: Difel, 1989.
BRASIL. Lei n° 9985 de 18 de julho de 2000. Sistema Nacional de Unidades de Conservação – SNUC. Brasília: MMA. 2000. 56p.
FERNANDES, Bernardo Mançano. Movimentos socioterritoriais e movimentos socioespaciais: contribuição teórica para uma leitura geográfica dos movimentos sociais. Rev. Nera. Presidente Prudente. Ano 8, N.6, p. 14-34. Jan/jun, 2005.
HAESBAERT, Rogério. Dos múltiplos territórios à multiterritorialidade. Porto Alegre, Setembro de 2004. Disponível em: <http://www.ufrgs.br/petgea/Artigo/rh.pdf>. Acesso em: 10 jul. 2017.
ICMBIO. Educação Ambiental em Unidades de Conservação: ações voltadas para comunidades escolares no contexto da gestão pública da biodiversidade. Guia informativo, orientador e inspirador. Brasília: MMA, 2016. 65p.
LAYRARGUES, Philippe Pomier; LIMA, Gustavo Ferreira da Costa. As Macrotendências Político-Pedagógicas da Educação Ambiental Brasileira. Revista Ambiente & Sociedade, São Paulo, v.XVII, n.1, p. 23-40, Jan./mar. 2014.
LOUREIRO, Carlos Frederico Bernardo; LAYRARGUES, Philippe Pomier. Educação ambiental nos anos noventa. Mudou, mas nem tanto. Políticas Ambientais, v.9, n.25, p. 06-07. 2000.
PECCATTIELLO, Ana Flavia Oliveira. Políticas públicas ambientais no Brasil: da administração dos recursos naturais (1930) à criação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (2000). Desenvolvimento e Meio Ambiente, n. 24, p. 71-82, Jul./dez. 2011.
RAFFESTIN, Claude. Por uma Geografia do Poder. Tradução de Maria Cecília França. São Paulo: Ática, 1993.
SACK, Robert David. O significado de territorialidade. In: DIAS, Leila Christina; FERRARI, Maristela. (orgs). Territorialidades humanas e Redes Sociais. Florianópolis: Insular, 2011. p. 63-89.
SANTOS, Milton. O Dinheiro e o Território. GEOgraphia, Ano. 1, n.1, p. 07-13. 1999.
SOUZA, Marcelo José Lopes de. O território: sobre espaço e poder, autonomia e desenvolvimento. In: CASTRO, Iná Elias de; GOMES, Paulo Cesar da Costa; CORRÊA, Roberto Lobato (orgs). Geografia: conceitos e temas. 2. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2000. p. 77-116.
TALBOT, Virgínia. Termos de Compromisso: histórico e perspectivas como estratégia para a gestão de conflitos em unidades de conservação federais. 2016, 219 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Biodiversidade em Unidades de Conservação). Escola Nacional de Botânica Tropical, Instituto de Pesquisa Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 2016. Disponível em: <https://jbrj.academia.edu/VirginiaTalbot>. Acesso em: 10 set. 2016.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2022 Marcio Ricardo Ferla, Almir Nabozny
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Los autores que publiquen en esta revista estarán de acuerdo con los siguientes términos:
- Los autores conservan los derechos de autor y otorgan a la revista el derecho a la primera publicación, con el trabajo con una licencia de uso de atribución CC-BY, que permite distribuir, mezclar, adaptar y crear con base en su trabajo, siempre que sean respetados los derechos de autor, de la forma especificada por CS.
- Los autores están autorizados a asumir contratos adicionales y por separado, para la distribución no exclusiva de la versión del trabajo publicado en esta revista (por ejemplo, publicación en repositorio institucional o como capítulo de un libro), con reconocimiento de autoría y publicación inicial en esta revista.
- Se permite y se alienta a los autores a publicar y distribuir su trabajo en línea (por ejemplo, en repositorios institucionales o en su página personal) en cualquier momento antes o durante el proceso editorial, ya que esto puede generar cambios productivos, así como aumentar el impacto y las citaciones del trabajo publicado (ver El efecto del acceso abierto).