O fazer literário compartilhado em Paris não tem centro e a excentricidade da forma
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2448-1769.mag.2025.236294Palavras-chave:
Marília Garcia, Tradução literária, Poesia, AutoriaResumo
O presente ensaio tem como objetivo propor uma leitura do poema Paris não tem centro, de Marília Garcia, considerando o conceito de texto intergenérico, proposto por Lygia Davis. Essa zona indeterminada textual é uma maneira de demonstrar a insatisfação com as formas tradicionais visto que há muito o que dizer que extrapola os limites impostos pelos gêneros fechados. Nesse sentido, as formas breves contemporâneas, e suas diversas variações, constituem um espaço significativo para desestabilizar essas regras internalizadas e apresentar outras maneiras de fazer e conceber a arte literária. Além disso, o ensaio também discute a questão da autoria e da originalidade e suas conexões com os trabalhos de tradução.
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