O fazer literário compartilhado em Paris não tem centro e a excentricidade da forma

Autores

  • Fábia Balotim Alves Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2448-1769.mag.2025.236294

Palavras-chave:

Marília Garcia, Tradução literária, Poesia, Autoria

Resumo

O presente ensaio tem como objetivo propor uma leitura do poema Paris não tem centro, de Marília Garcia, considerando o conceito de texto intergenérico, proposto por Lygia Davis. Essa zona indeterminada textual é uma maneira de demonstrar a insatisfação com as formas tradicionais visto que há muito o que dizer que extrapola os limites impostos pelos gêneros fechados. Nesse sentido, as formas breves contemporâneas, e suas diversas variações, constituem um espaço significativo para desestabilizar essas regras internalizadas e apresentar outras maneiras de fazer e conceber a arte literária. Além disso, o ensaio também discute a questão da autoria e da originalidade e suas conexões com os trabalhos de tradução. 

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Biografia do Autor

  • Fábia Balotim Alves, Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas

    É mestranda em Teoria Literária e Literatura Comparada pela Universidade de São Paulo. Pela mesma instituição, se graduou em Letras. 

Referências

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Publicado

2025-11-08

Edição

Seção

Ensaios de Curso

Como Citar

Alves, F. B. (2025). O fazer literário compartilhado em Paris não tem centro e a excentricidade da forma. Magma, 1(21), 250-257. https://doi.org/10.11606/issn.2448-1769.mag.2025.236294