Comer em mercado e as transformações no Mercado Novo de Belo Horizonte (MG)

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.11606/04xt5e59

Palabras clave:

Mercado Novo, mercados urbanos, comida, cozinheiros, transformações urbanas

Resumen

Inaugurado em 1963, o Mercado Novo funciona por décadas no centro de Belo Horizonte (MG).  O prédio de arquitetura imponente existia como parte da cena boemia popular e da vida diurna dos trabalhadores do centro da cidade. Há poucos anos, o projeto de reocupação comercial de áreas inativas vem produzindo transformações significativas na paisagem social e estética do lugar.   O fio condutor é a comercialização de alimentos, feitos de forma artesanal, conectados com pequenos produtores e comerciantes, que fornecem algumas das matérias-primas para os pratos que são vendidos nos corredores. A partir das trajetórias de cozinheiros e lojistas que vivem esse sistema fortemente entrelaçado, a pesquisa que se dedica aos fazedores da comida busca compreender a cozinha de ingredientes oferecida nos balcões do Mercado Novo em termos de sua forma de produção material e motivações. O objetivo central do artigo é apresentar como a comida se torna um elemento que conecta e também evidencia as diferenças entre os diversos mundos que convivem no prédio.

Biografía del autor/a

  • Luiza Adelaide Lafetá, PUC Minas

    Mestre em Ciências Sociais pelo Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais (PUC Minas). Olinda/PE.

  • Candice Vidal e Souza, PUC Minas

    Doutora em Antropologia Social pelo Programa de Pós-graduação em Antropologia Social/ Museu Nacional/UFRJ, pós-doutora pelo Departamento de Sociologia da USP, professora do Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais (PUC Minas). Belo Horizonte/ MG.

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Publicado

2024-07-24

Cómo citar

Lafetá, L. A., & Vidal e Souza, C. (2024). Comer em mercado e as transformações no Mercado Novo de Belo Horizonte (MG). Ponto Urbe, 32(1), e226825. https://doi.org/10.11606/04xt5e59