Tristan Murail: a desforra do ouvido?

Authors

  • Bruno Prunès

DOI:

https://doi.org/10.11606/rm.v1i2.55002

Abstract

A década de 80 conheceu a emergência de vários movimentos musicais que se colocaram em radical oposição ao serialismo dos últimos trinta anos. Um desses movimentos se distingue dos outros por uma atenção constante ao som, explorando seu espaço interior, cultivando o infracromatismo: ele se chama música espectral. A música espectral leva em conta, antes de tudo, o som e seu halo de ressonâncias harmônicas, seu volume e profundidade, sua projeção espacial. Pode-se dizer que ela é feita antes de sons do que de notas. Neste sentido, não é falso inseri-la na continuidade de uma tradição francesa: Berlioz, Debussy, Varese - compositores que possuíam uma particular sensibilidade ao timbre.

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Author Biography

  • Bruno Prunès
    Bruno Prunès é musicólogo autodidata, residente em Toulouse (França).

Published

1990-11-01

Issue

Section

Articles

How to Cite

Tristan Murail: a desforra do ouvido?. (1990). Revista Música, 1(2), 66-68. https://doi.org/10.11606/rm.v1i2.55002