Prática como pesquisa: provocações de um lugar escuro e afromatizado
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2238-3999.v14i1p102-116Palavras-chave:
Prática como pesquisa, Descanso, Desaceleração, Dança, Perspectiva afromatizadaResumo
Este artigo busca compartilhar apontamentos sobre o contexto da prática artística como pesquisa. Parte-se do pressuposto de que o corpo de ascendência africana e indígena expressa um campo de resistência poética por meio da produção de gestualidades combativas às violências históricas. Destaca-se o interesse na prática como pesquisa em dança, orientada por uma perspectiva afromatizada, como um fenômeno que desafia heranças coloniais. Para tanto, discute-se o descanso como estratégia de criação e a desaceleração como proposição estética da pesquisa. Além disso, apresenta-se a prática artística Refluxo como um projeto vinculado à reimaginação do mundo.
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