Glotopolítica e crítica genética
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2317-9651.i27p189-216Palavras-chave:
Glotopolítica, Crítica genética, Tradução, América Latina, ColonialismoResumo
Do plurilinguismo ao gesto tradutório, propõe-se neste ensaio uma leitura abrangente de distintos atravessamentos glotopolíticos na escrita literária. Para tanto, retomam-se escritores cuja prática se estrutura a partir de sobreposições linguísticas, bem como sob a consciência política — que transparece no movimento criador — das hierarquizações coloniais a que estão sujeitos. Por meio de ensaios de Jacques Derrida e Sylvia Molloy, coloco em primeiro plano os processos composicionais de dois escritores latino-americanos — Copi e Alejandra Pizarnik — enquanto marcos incontornáveis desse entrelugar criador. Nos trânsitos por entre as línguas surgem eixos capazes de orientar uma sistematização possível dessas dimensões glotopolíticas da criação.
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Referências
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