Empreendimento hidrelétrico e famílias ribeirinhas na Amazônia: desterritorialização e resistência à construção da hidrelétrica Belo Monte, na Volta Grande do Xingu
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2179-0892.geousp.2016.122657Palabras clave:
Amazônia. Grandes projetos. Direitos humanos. Contradiscurso.Resumen
Neste texto, evidenciam-se dois elementos percebidos no início da pesquisa sobre o impacto do empreendimento de Belo Monte: (a) a necessidade de valorizar a história das famílias que estão sendo desterritorializadas e (b) a resistência dos movimentos sociais à construção da UHE Belo Monte. Para isso, arrolam-se fragmentos de entrevistas que permitem entender o processo vivido pelas famílias da Volta Grande do Xingu e as ações de resistência dos movimentos sociais à implantação do empreendimento. A pesquisa está em curso desde 2012 e conta com o auxílio financeiro do CNPq e da Fapespa, o que permitiu verificar a supressão dos direitos das famílias afetadas e a sobreposição dos empreendedores aos movimentos de resistência, de modo que a obra não atende adequadamente às condicionantes básicas reivindicadas pela sociedade local
Descargas
Referencias
ARANHA-SILVA, E. As usinas hidrelétricas e a (des)territorialidade no Brasil. In: PEREIRA, S. R.; COSTA, B. P.; SOUZA, E. B. C. (Org.). Teorias e práticas territoriais: análises espaço-temporais. São Paulo: Expressão Popular, 2010. p. 197-215.
BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo. 8. ed. São Paulo: Hucitec, 1997.
BOSI, E. Memória e sociedade: lembranças de velhos. 3. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1994.
EGLER, C. A. G. Uma nova potência regional na economia-mundo. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1993.
FERREIRA, I. A.; MACIEL, M. N. Um olhar sobre a Amazônia: história oral e debate de políticas desenvolvimentistas. Oralidades, v. 6, n. 11, p. 155-179, jan./jul. 2012.
FIORUCCI, R. História oral, memória, história. História em Reflexão, v. 4. n. 8, p. 1-17, 2010.
HAESBAERT, R. Território e multiterritorialidade: um debate. Geographia, Campinas, v. IX, n. 17, p. 19-46, 2007.
HALBWACHS, M. Memória coletiva. São Paulo: Centauro, 2006.
HERRERA, J. A.; MIRANDA NETO, J. Q.; MOREIRA, R. P. Integração e estruturação do território Amazônico como consequência da expansão capitalista no Brasil. Boletim de Geografia, Maringá, v. 31, n. 2, p. 19-36, 2013. Disponível em: http://www.periodicos.uem.br/ojs/index.php/BolGeogr/article/view/18880. Acesso em: 03 out. 2016.
HOLZER, W. Uma discussão fenomenológica sobre os conceitos de paisagem e lugar, território e meio ambiental. Revista Território, Rio de Janeiro, v. II, n. 3, p. 77-85, jul./dez. 1997.
LOUREIRO, V. R. A Amazônia no século XXI: novas formas de desenvolvimento. São Paulo: Empório do Livro, 2009.
MAGALHÃES, S. B. Lamento e dor: uma análise socioantropológica do deslocamento compulsório provocado pela construção de barragens. Belém: UFPA, 2007.
MARTINS, J. S. Fronteira: a degradação do outro nos confins do humano. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2009.
MARX, K. O capital. São Paulo: Abril Cultural, 1984. Livro. 1.
MOREIRA, R. P.; HERRERA, J. A. A expansão do capital por grandes projetos: desafios ao ordenamento do território no município de Altamira-Pará. Revista GeoNorte, Manaus, v. 7, n. 1, p. 1315-1330, 2013.
PICOLI, F. O capital e a devastação da Amazônia. São Paulo: Expressão Popular, 2006.
PORTO-GONÇALVES, C. W. Amazônia, Amazônias. São Paulo: Contexto, 2012.
ROSA, L. P.; SIGAUD, L.; MIELNIK, O. Impactos de grandes projetos hidrelétricos e nucleares. São Paulo: AIE/COPPE; Marco Zero, 1988.
SANTOS, M. A natureza do espaço. São Paulo: Edusp, 2005.
SANTOS, M. O papel ativo da geografia um manifesto. In: ENCONTRO NACIONAL DE GEÓGRAFOS, 12., 2000, Florianópolis, Anais... Florianópolis, 2000. p. 103-109.
SIGAUD, L. Implicações sociais da política do setor elétrico. In: SANTOS, L. A. O.; ANDRANDE, L. M. M. As hidrelétricas do Xingu e os povos indígenas. São Paulo: Comissão Pró-Índio de São Paulo, 1988. p. 103-110. Disponível em: http://www.cpisp.org.br/pdf/As-Hidreletricas-do-xingu-e-os-povos-indigenas.pdf. Acesso em: 10 out. 2016.
SILVA, C. A. F. Fronteira agrícola capitalista e ordenamento territorial. In: SANTOS, M. et al. (Org.). Território, Territórios: ensaios sobre o ordenamento territorial. 3. ed. Rio de Janeiro: Lamparina, 2007. p. 282-314.
ZUMTHOR, P. Tradição e esquecimento. Trad. Jerusa Pires Ferreira e Suely Fenerich. São Paulo: Hucitec, 1997.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2016 José Antonio Herrera, Nelivaldo Cardoso Santana
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Los autores que publiquen en esta revista estarán de acuerdo con los siguientes términos:
- Los autores conservan los derechos de autor y otorgan a la revista el derecho a la primera publicación, con el trabajo con una licencia de uso de atribución CC-BY, que permite distribuir, mezclar, adaptar y crear con base en su trabajo, siempre que sean respetados los derechos de autor, de la forma especificada por CS.
- Los autores están autorizados a asumir contratos adicionales y por separado, para la distribución no exclusiva de la versión del trabajo publicado en esta revista (por ejemplo, publicación en repositorio institucional o como capítulo de un libro), con reconocimiento de autoría y publicación inicial en esta revista.
- Se permite y se alienta a los autores a publicar y distribuir su trabajo en línea (por ejemplo, en repositorios institucionales o en su página personal) en cualquier momento antes o durante el proceso editorial, ya que esto puede generar cambios productivos, así como aumentar el impacto y las citaciones del trabajo publicado (ver El efecto del acceso abierto).