Traite des Êtres Humains et Exploitation Sexuelle des Enfants et des Adolescents : violences et politiques publiques
DOI :
https://doi.org/10.11606/rgpp.v12i2.200475Mots-clés :
Traite des Êtres Humains , Violence, Politique Publique, Exploitation Sexuelle des Enfants et des Adolescents., Droits HumainsRésumé
La société moderne conserve encore des pratiques d'esclavage, la traite des êtres humains et l'exploitation sexuelle étant sa forme la plus cruelle et la plus inhumaine. Ainsi, ce manuscrit est le résultat d'un projet de recherche qui a cherché à comprendre les relations entre les politiques publiques, les actions collectives et le travail d'un groupe qui promeut la lutte contre la traite des personnes et l'exploitation sexuelle commerciale des enfants et des adolescents. Pour ce faire, nous avons utilisé deux voies méthodologiques : la recherche bibliographique et documentaire, ainsi que l'observation participante et les entretiens semi-dirigés. La première visait à retrouver les processus historiques, politiques et économiques concernant la traite des personnes et l'exploitation sexuelle des enfants et des adolescents. La seconde était basée sur la participation des chercheurs à une ONG de la société civile. Il a été identifié que, bien que le paradigme de l'assistance/charité ait changé pour celui des droits, le premier est toujours présent dans les organisations et les groupes à caractère religieux qui cherchent à aider les personnes en situation de vulnérabilité sociale, étant donné l'inefficacité de l'État à mettre en œuvre ces politiques. Il en résulte un problème paradoxal. D'une part, nous constatons qu'il existe un réel besoin de pratiques et de formes d'assistance à ces individus, d'autre part, nous constatons également que l'offre de certaines pratiques cherche à répondre à des intérêts particuliers et marchands, recherchant des enjeux lucratifs du capital humain dans la constitution des individus comme objets de contrôle et de discipline sociale, au sein d'une bio-nécropolitique. La traite des êtres humains et l'exploitation sexuelle commerciale reposent sur les fondements du racisme structurel, produisant des corps qui constituent une marchandise pour la nécropolitique, dont la politique opère la même que celle des camps de concentration.
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