Desvelando o mito de Lilith e o de Circe em María - personagem da obra de Gustavo Adolfo Bécquer, “La ajorca de oro”

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9826.literartes.2017.112289

Palavras-chave:

Representações, Mito, Feminino.

Resumo

O objetivo deste trabalho é desvelar o mito de Lilith e o de Circe evidenciado na personagem María, da lenda de Gustavo Adolfo Béquer, “La ajorca de oro” (2007), segundo as concepções que se apresentam na subjetividade do fantástico, à luz do modelo teórico-crítico, a estética da recepção (1994), de Hans Robert Jauss. A obra de Gustavo Adolfo Bécquer desenha-se por um requinte de textos, transformando as tradições populares, místicas, lendárias, literárias e filosóficas em preciosas fontes de diálogo. A possibilidade de uma relação inesgotável, livre e inventiva de compreensão de um texto se descobre em autores como Bataille, Bosi, Barthes, Todorov, Eco, Rouanet e outros para a criação de uma literatura de palavras verdadeiras em uma quimera. Bécquer apresenta um território aberto a pluralidades de enunciados enredando o leitor em imagens discursivas que o seduzem a um jogo aberto à imaginação. Assim, os protagonistas María e Pedro afastam-se da dimensão “real” das personagens, produzindo um efeito de divagação para suas histórias. Ele, pela dualidade em pensamentos de culpa que o leva a uma decisão pela loucura hígida ou insana; ela, por uma aproximação com estereótipos femininos de sedução que levam os homens ao aniquilamento.

Biografia do Autor

  • Josiane Brunetti Cani, Universidade Federal de Minas Gerais
    Doutoranda em Linguística Aplicada pela UFMG, Mestre em Educação, possui graduação em Letras pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Colatina, com pós-graduação em Planejamento Educacional e em Gestão Integradora: Supervisão Escolar, Orientação Escolar e Inspeção Escolar. Atualmente, exerce a função de Técnico em Assuntos Educacionais do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo, atuando na área de Comunicação e Eventos, professora do curso de Letras, da Faculdade "Castelo Branco". É membro do grupo de Estudos e Pesquisa do Ifes: Língua, Literatura e Educação, com interesse acadêmico em questões atinentes ao diálogo entre os três eixos articulados, oferecendo perspectiva de pesquisa com desdobramentos pragmáticos, sobretudo na área de linguagem e tecnologia.
  • Elizabete Gerlania Caron Sandrini, Universidade Federal do Espírito Santo
    Doutoranda em Letras pela UFES - Universidade Federal Do Espírito Santo. Mestra em Letras pela UFES (2012). Tem especialização em Gestão Escolar Integradora: Supervisão, Orientação e Inspeção Educacional (2007) e especialização em Língua Portuguesa (1999). Possui graduação em Letras pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Colatina (1997). Atuou como Coordenadora do Ensino Fundamental, por sete anos, e do PAEBES - Programa de Avaliação Básica do Espírito Santo, na Secretaria Municipal de Educação de Colatina. É professora da disciplina Mercado, Governo e Estado do curso de Pós-Graduação em Gestão Pública do Ifes - campus Colatina e servidora pública federal do Ifes-campus Colatina. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Educação. 

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Publicado

2017-12-23

Como Citar

CANI, Josiane Brunetti; SANDRINI, Elizabete Gerlania Caron. Desvelando o mito de Lilith e o de Circe em María - personagem da obra de Gustavo Adolfo Bécquer, “La ajorca de oro”. Literartes, São Paulo, Brasil, v. 1, n. 7, p. 203–223, 2017. DOI: 10.11606/issn.2316-9826.literartes.2017.112289. Disponível em: https://revistas.usp.br/literartes/article/view/112289.. Acesso em: 23 nov. 2024.