Entre gosmas, xenomorfos e máquinas: iconicidades alienígenas híbridas e bioassinatura na franquia Alien
DOI :
https://doi.org/10.11606/issn.1980-4016.esse.2025.238095Mots-clés :
Alienígena, Iconicidade, Semiótica, BioassinaturaRésumé
Este artigo tem como objetivo analisar e relacionar semioticamente as iconicidades de alienígenas de filmes da franquia Alien, com o intuito de identificar traços comuns nas qualidades visuais que compõem a elaboração desses seres extraterrestres. Parte-se da ideia de bioassinatura, entendida como banco de dados e inspiração no mundo biológico da Terra para criação e morfologia dos alienígenas. Entende-se ícone a partir da semiótica de Charles Sanders Peirce, como um signo que estabelece uma relação de semelhança com as características de um objeto (CP 1.369). Trata-se de um signo originário “cuja virtude significativa se deve simplesmente à sua qualidade” (CP 2.92). Os principais aspectos desta investigação são as sensorialidades construídas nos signos por meio da visualidade plástica dos extraterrestres. Surge uma hipótese: a indústria cinematográfica funciona como um laboratório de semiose infinita e continuum de aliens. Os E.T.s que vieram cronologicamente antes se misturam e aglutinam — literalmente, em simbiose e bioassinatura — com os posteriores. Todos se alimentam, de alguma forma, do embrião/ícone comum de Necronomicon de H. R. Giger e Alien, o Oitavo Passageiro. Assim, nascem seres híbridos da conjunção corpórea entre metais, silício, vegetais, peles, tentáculos e gosmas: uma estética de colisão de corpos e materialidades.
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